PDI Capítulo 11 - Capacidade e Sustentabilidade Institucional (Seção Financeiro)

Responsável: Desenvolvimento Institucional
Status: Concluída
Abertura: 08/05/2023
Encerramento: 18/05/2023
Participantes: , Técnicos Administrativos, Docentes Ver detalhes dos participantes

Resumo

Essa seção trata do planejamento e gerenciamento dos recursos recebidos pela Instituição e sua aplicabilidade às metas Institucionais.

Período para recebimento de contribuições: 08 a 10/05

Expressão de opinião: 17 e 18/05

 

Quadros e gráficos citados no documento estão em https://drive.iff.edu.br/index.php/s/Mn41QY5qscZvbKM

Conteúdo

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            A autonomia administrativa do IFFluminense vem se aperfeiçoando ao longo dos últimos cinco anos, com estabelecimento de critérios técnicos e objetivos, com diretrizes e regulamentação de processos, conforme prevê a Legislação. Atualmente, sete de seus doze campi possuem autonomia orçamentária e financeira, o que permite uma melhor efetividade na execução orçamentária e financeira e otimização do tempo no atendimento das demandas.

Contribuições

Leandro Da
08/05/2023 21:05

A autonomia orçamentária e financeira dos Campi, com o passar do tempo, mostrou diversos problemas que, na minha humilde opinião, enseja uma reflexão profunda sobre sua continuidade. Se bem me lembro, o fortalecimento dos Campi surgiu ainda na gestão de Luiz Augusto e o slogan era "Campus forte, Instituto forte.". Vejo que aconteceu o contrário. A denominada autonomia de alguns Campi, enfraqueceu o Instituto.

A ideia de autonomia cria no Campus a percepção de individualidade. Seus gestores e servidores agem por si mesmos, sem considerar que o Instituto é um só. A autonomia orçamentária e financeira cria a sensação de independência, parece que cada Campus é uma escola, e não é. O Instituto Federal Fluminense é um só, o Campus X ou Y não é independente, ou isolado. 

Essa percepção cria diversos entraves administrativos para uma melhor gestão institucional. Somos uma Instituição com unidades espalhadas por todo o território do estado do RJ. Sua gestão precisa ser feita considerando essa enorme peculiaridade. Existem órgãos públicos nacionais que possuem apenas uma sede. Isso torna completamente diferente sua gestão. E pensar em uma gestão administrativa que incentive a "autonomia" é criar ilhas institucionais

Ouvi servidor alegando que determinada contratação era da Reitoria e que ele não tinha responsabilidade sobre ela. Acontece que a contratação, além de ser multicampi, é para o Instituto. Não pode um servidor achar que trabalha para o Campus X e não para o Instituto. 

Apresentando agora uma visão de Campus. É muito comum em um Campus iniciante haver a sobrecarga de funções. Um mesmo servidor é responsável pelo Almoxarifado, pelo Financeiro, Compras e, às vezes, até RH. Como um servidor que ocupa essa função poderá atuar satisfatoriamente em todas essas frentes? Muitas vezes, o Campus que passa por isso, exige a "intervenção" da Reitoria. Acontece que a Reitoria não tem um quadro de pessoal abrangente que possa atender individualmente a essas demandas. O quadro de pessoal da Reitoria não é destinado a oferecer um suporte adequado porque está no seu operacional diário e com quadro de pessoal insuficiente. 

O que fazer então? Utilizar a força de trabalho dos Campi, sua estrutura interna, sua gestão. Muitas vezes, é muito mais simples haver uma gestão colaborativa entre um Campus e outro que estão próximos entre si. E a ideia de "autonomia" vai contra a necessidade de Colaboração

Minha contribuição aqui não é apontar culpados ou áreas institucionais. É apenas apresentar a minha contribuição para algo que precisa ser repensado profundamente, porque seus reflexos negativos estão evidentes. Manter essa ideia no PDI até 2028 pode tornar o problema incontornável.