PDI Capítulo 11 - Capacidade e Sustentabilidade Institucional (Seção Financeiro)
Responsável: Desenvolvimento Institucional
Status: Concluída
Abertura: 08/05/2023
Encerramento: 18/05/2023
Participantes: , Técnicos Administrativos, Docentes Ver detalhes dos participantes
Resumo
Essa seção trata do planejamento e gerenciamento dos recursos recebidos pela Instituição e sua aplicabilidade às metas Institucionais.
Período para recebimento de contribuições: 08 a 10/05
Expressão de opinião: 17 e 18/05
Quadros e gráficos citados no documento estão em https://drive.iff.edu.br/index.php/s/Mn41QY5qscZvbKM
Conteúdo
Cada campus do IFFluminense possui autonomia administrativa para planejar e gerenciar seu orçamento anual. Atualmente os Campi Campos Centro, Macaé, Campos Guarus, Bom Jesus do Itabapoana, Cabo Frio, Quissamã e Itaperuna encontram-se descentralizados para a execução orçamentária, financeira e gestão patrimonial, sendo todo orçamento executado nas suas respectivas UGs - Unidades Gestoras, vinculadas à Gestão do IFFluminense. Os Campi Santo Antônio de Pádua, Itaboraí, e os Campi Avançados São João da Barra, Cambuci e Maricá não possuem autonomia de execução orçamentária, financeira e de gestão patrimonial, sendo todo o orçamento executado através da UGR - Unidade Gestora Responsável de cada campus, vinculadas a UG - Unidade Gestora da Reitoria.
Contribuições
A autonomia orçamentária e financeira dos Campi, com o passar do tempo, mostrou diversos problemas que, na minha humilde opinião, enseja uma reflexão profunda sobre sua continuidade. Se bem me lembro, o fortalecimento dos Campi surgiu ainda na gestão de Luiz Augusto e o slogan era "Campus forte, Instituto forte.". Vejo que aconteceu o contrário. A denominada autonomia de alguns Campi, enfraqueceu o Instituto.
A ideia de autonomia cria no Campus a percepção de individualidade. Seus gestores e servidores agem por si mesmos, sem considerar que o Instituto é um só. A autonomia orçamentária e financeira cria a sensação de independência, parece que cada Campus é uma escola, e não é. O Instituto Federal Fluminense é um só, o Campus X ou Y não é independente, ou isolado.
Essa percepção cria diversos entraves administrativos para uma melhor gestão institucional. Somos uma Instituição com unidades espalhadas por todo o território do estado do RJ. Sua gestão precisa ser feita considerando essa enorme peculiaridade. Existem órgãos públicos nacionais que possuem apenas uma sede. Isso torna completamente diferente sua gestão. E pensar em uma gestão administrativa que incentive a "autonomia" é criar ilhas institucionais.
Ouvi servidor alegando que determinada contratação era da Reitoria e que ele não tinha responsabilidade sobre ela. Acontece que a contratação, além de ser multicampi, é para o Instituto. Não pode um servidor achar que trabalha para o Campus X e não para o Instituto.
Apresentando agora uma visão de Campus. É muito comum em um Campus iniciante haver a sobrecarga de funções. Um mesmo servidor é responsável pelo Almoxarifado, pelo Financeiro, Compras e, às vezes, até RH. Como um servidor que ocupa essa função poderá atuar satisfatoriamente em todas essas frentes? Muitas vezes, o Campus que passa por isso, exige a "intervenção" da Reitoria. Acontece que a Reitoria não tem um quadro de pessoal abrangente que possa atender individualmente a essas demandas. O quadro de pessoal da Reitoria não é destinado a oferecer um suporte adequado porque está no seu operacional diário e com quadro de pessoal insuficiente.
O que fazer então? Utilizar a força de trabalho dos Campi, sua estrutura interna, sua gestão. Muitas vezes, é muito mais simples haver uma gestão colaborativa entre um Campus e outro que estão próximos entre si. E a ideia de "autonomia" vai contra a necessidade de Colaboração.
Minha contribuição aqui não é apontar culpados ou áreas institucionais. É apenas apresentar a minha contribuição para algo que precisa ser repensado profundamente, porque seus reflexos negativos estão evidentes. Manter essa ideia no PDI até 2028 pode tornar o problema incontornável.